Lácteos aumentam a eficiência dos probióticos

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A utilização de probióticos é uma terapia promissora para a redução do risco de colite ulcerativa, uma forma de inflamação intestinal.

Dois novos estudos, liderados pela pesquisadora Maria Marco, da University of California, Davis, mostraram que as bactérias presentes nos probióticos sobrevivem e agem melhor quando consumidas com leite, ao invés de outros veículos como suplementos, sucos e barras de cereais.

As pesquisas foram conduzidas utilizando a bactéria Lactobacillus casei BL23, que é conhecida por seus efeitos benéficos relacionados à função imune e redução de inflamações intestinais.

Marco e seu time observaram que o L. casei BL23 sobrevive melhor nos intestinos de ratos quando incubado em leite a 4OC, antes de ser oferecida aos animais. Essa temperatura foi escolhida por ser a utilizada nos refrigeradores comerciais e residenciais. Os pesquisadores concluíram também que o L. casei foi capaz de prevenir inflamações intestinais nos ratos, quando ingerido com leite.

“As bactérias respondem rapidamente a mudanças em seu ambiente”, afirma Marco. “Assim, faz sentido pensar que elas poderiam responder, na presença de leite, produzindo diferentes proteínas que nós acreditamos que sejam importantes para a ação probiótica”, explica. Ela sugere ainda que essas proteínas e uma série de outros metabólitos produzidos pelo L. casei possam agir no epitélio intestinal e em células do sistema imune, reduzindo a ação inflamatória.

Novos estudos prometem avaliar esses efeitos em humanos e podem revolucionar a forma de administração dos probióticos, beneficiando a indústria láctea.

Fontes: 

J. Proteome Res., 2015, 14 (8), pp 3136–3147

Appl. Environ. Microbiol. doi:10.1128/AEM.01360-15

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